sábado, 18 de dezembro de 2010

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Poesias e Cantigas ponteiro de tropa




Na noite desta terça-feira passada tivemos no centro de Novo-Hamburgo uma mescla de apresentações artisticas realizadas no teatro municipal.Contando com a presença de payadores,poetas,declamadores e contores;vivemos algo inedito nesta cidade pura tradição traduzida em sencibilidade,amor e união em torno da verdadeira alma crioula.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Farrapos


E entramos mais uma veis no mês farrapo.Mês em que comemoramos a honra e altivez,a bravura e ideais que nossos ancestrais nos legaram.Hoje graças a estes que defenderam com bravura nossa terra podemos nos identificar como herdeiros farrapos.Mês em somos mais que gaúchos pois neste mês somos Farroupilhas!Somos o que nossos ancestrais plantaram em nossa terra colorada com seu próprio sangue.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O Tempo



Nos tentamos conta-lo, mas não podemos pois o temporal das horas não é mais que mera ilusão.E a medida que procuramos editar normas,regras e medidas nos perdemos da verdadeira face daquele que é nosso parceiro e inimigo.O tempo que falo é a verdade de nossas vidas o instante em que estendemos uma mirada por sobre as lonjuras não deve ser contado deve ser entendido como apenas uma pagina que marcamos em nossa curta passagem.E nessa busca por entender esse instante ou este tempo é o que nós faz seres entendedores de nossas existências mortais diante da infinitude das tranzitorias passagens temporais.O homem carece de entender a si mesmo e entender o tempo ou a marca que ele nos deixa."somos o tempo ,e assim nos fazemos imortais " PEDRO ALMEIDA Julho de 2010

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Este tempo e nossas verdades


Vendo o imediatismo deste tempo em que nasci,procuro olhar para tras e intender nossa história e nosso verdadeiro sentimento terrunho.As verdades estão ai mas as pessoas não as pocuram eu mesmo ate meus trêze,quatorze nem sabia o que era tradição ou musica crioula.Mas por intender e procurar a mim mesmo dentro destas verdades criollas me achei numa ronda de tropa ou n´lgum caminito e me perdi.Sem saber por que,mas sempre sensitivo ao pago que me acolhe por saber de minhas saudades.Mas mesmo assim sei que,é claro ninguem é igual a ninguem,e na verdade temos que nos apegar com amor a todas as cousas que amamos seja o que for assim sempre seremos felizes no que formos fazer.O amor pela simplicidade,pelas essências que nos rodeiam sempre nos fara mais naturais e verdadeiros criando uma simbiose entre homem e natureza,entre o homem e ele mesmo.

Santiago Chalar(El Pedido)


Mándeme en nombre paisano de la amistad de nosotros

un par de botas de potro bien graniaditas a mano

bolee cualquier orejano cuando salga a las laderas

encebe bien sus potreras y le ajunta los garrone

suebran por esas regiones crudos pa´engordar bicheras


Aunque usté sabe cueriar tenga cuidado al sacarla

y sobre todo al lonjiarla- no me las vaya a cortar

las quiero pa´zapatiar con mis espuelas de plata

y aunque pueda creer que a gatas me asujeto los garrones

sepa q´en los pericones me baja el alma a las patas.


Póngaselas con rocío usté q´es medio patón

me les amolda el garrón a lo justo p´al pie mío

en su sabencia confío gaucho prolijo lo sé

las punteras cuésale con un pespunte Oriental

y no deje delantal que estribo con todo el pie.


No les haga de botón las guasquillas de jareta

porque mis dedos macetas no sirven pa´ un apurón

las prefiero de correón pál hombre que anda en baguales

y aunque no es muy de Orientales son fácil de desatar

ñudo pampa der acortar: dos tientos en dos ojales


Pa´estreno les voy a atar mis enormes nazarenas

con cabrestos de cadena o alzaprima de ajustar

un crudo voy a ensillar pa´ lucirlas si él me deja

tengo la costumbre vieja que cuando voy jineteando

corro la pata espueliando hasta el tronco de la oreja.


Cuando me las traiga vamos a asar un buen costillar

chupando sin apurar pa´ver si no nos mamamos

porque si a hablar empezamos de yerras ,de jineteadas

pericones y payadas y estancias que conocemos

es seguro que tendremos el chifle a las testeriadas.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Jose Larralde(Un dia me fui del pago)


Un día me fui del pago, la pucha que lo extrañe,
salí buscando trabajo y aquí estoy, míreme usted.

Cuando uno sale al camino, es difícil de saber,
si podra pegar la vuelta o morirá sin poder.

Cuanto más leguas se hacen, más quedan por recorrer,
los caminos son pa dirse las penas son pa volver.
Un día me fui del pago, pero Dios ha de querer,
que no se me manque el zurdo sin llegar a Huanguelén.

El hombre escarba en los otros, buscando felicidad,
y se olvida de si mismo que es donde debe escarbar.

Las razones son razones, si se puede razonar,
a veces se anda pensando sin saber en que pensar.

Huellones de tierra y tosca, que de chico recorrí,
arroyos, montes y vientos ellos allá y yo aquí.
Un día me fui del pago, pero Dios ha de querer,
que no se me manque el zurdo sin llegar a Huanguelén.
Que no se me manque el zurdo, sin llegar a Huanguelén...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Aureliano de Figueiredo Pinto


ROMANCE DO TROPEIRO DOIDO




Já velhito não perdia
uma tropeada comprida
com seus seis baios ruanos
bem tosados, cola curta,
os cascos bem groseaditos,
era um desses peão de tropa
que os capatazes não deixam...

Com seu chapéu de aba larga,
e o poncho que era um galpão,
e com todos os pertences
para a lida forte e dura
-desde avios de chimarrão,
maneadores de porteira,
até os trapos ensebados
prá empeçar fogo, chovendo.

Um quero-quero prá o sono!
E ademais sem uma queixa,
ou dúvida às ordens dadas.
Vaqueano como ninguém
de rondas , pastos e aguadas,
era um desses peão de tropa
que os capatazes não deixam

Um dia a sua comitiva
afundou para as missões,
a apartar gordo em Garruchos
no velho Juca Ramão.

E no primeiro rodeio,
logo um novilho afamado,
ficado de muitas tropas
levantou as aspas claras
direito ao fundo do campo.
Mas o velhito era desses
que os capatazes não deixam...
Estendeu o baio-ruano
no plaino de pedregulho.

Levantou o treze-braças
que fez um "vuuu!"... no ar parado.
E quando o laço estirou,
no instante mesmo do golpe
o baio fincou a testa!


Já pronto para a tropeada
de todos se despedia...
Agora ninguém mais ria
da loucura do velhito.
Com seis ruanos por diante,
ia à coxilha defronte.
Lá, durante horas e horas
trabalhava como um taura:

-Apartava, refugava.
Coava. Contava a tropa
e a ajeitava na pastagem,
com o flete lavado em suor!
Tudo de imaginação!
como piazito brincando
de apartes de faz-de-conta...

Lá ia o neto buscá-lo
para o almoço e o descanso.
Ele acedia mas antes
logo pedia ajutório
para estender a tropa n'água.
Porque é um trabalho a preceito
largar a tropa na aguada...

De tarde, mudado o pingo,
o churrasquito na mala,
fazia a tropa marchar
até que, entre duas-luzes,
ao tranco, com calma e jeito,
se fosse cerrando a ronda...

De novo o guri o buscava
e afinal o convencia
que a peonada era boa,
podia rondar sem ele.
Podia ir pousar nas casas...
Se a noite não tinha lua
ele voltava à morada.



O velhito que atendia
boi, ilhapa e cinchador
nunca este ruano rodara!
e o velhito, um saidor!
também de testa se foi..

Ficou roncando, mortito,
e quinze dias roncou.
E lá, três meses esteve
num hospital das missões,
onde o Dr. Zé Gaspar
que em moço fora tropeiro,
o atendia com a ciência
e pena no coração...

E quando aos pagos voltou
parecia o homem de sempre
-ágil, vivo, despachado!
Servidor e sempre pronto
prá uma tropeada comprida.
Só diferente na prosa
porque o juízo perdera...

No inverno lidava em guascas,
e em madeiras de carreta,
ensinando ao seu netito,
como se faz a presilha
ou se remata um botão.
Como se prepara a lonca
e o romaneio de um laço.
Como se arqueia um canzil
ou se volteia uma canga.
Como se retova um par
de bem feitas boleadeiras.

Como se prepara um couro
ou desquina um maneador.
E nas conversas com o aluno,
era tudo mais por senhas,
e idiomas de meia língua
que os outros pouco pescavam.
Ali por fins de setembro,
ou nos começos de outubro,
ia a invernada e trazia
os seus seis baio-ruanos.
Uma semana levava
tosando, groseando os cascos,
adelgaçando os seus pingos.


Mas nas noite de luar claro,
nas noites de lua cheia,
nem o neto o demovia!
Rondava a coxilha, ao tranco,
às vezes meio cantando,
até que clareasse o dia.

E foi numa dessas noites
de luar prateando as lagoas,
que amanheceu morto, lá no alto.
Com a rédea atada no pulso,
largo chapéu sobre os olhos
e o ruano olhando o seu dono.

Primeira e única noite
que o taura dormiu na ronda!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Guilherme Collares



PEDRO EM IMAGEM DE PEDRA -

Pedro de Vargas, na Espanha,
era Dom Pedro, em Castela...
O Pedro veio da pedra...
... pedra que é dura, mas quebra !...
... Por caprichos de una hembra
e coragem de ginebra,
o tal Dom Pedro da pedra
matou em duelo e fugiu...

Escapou no galeão
de um tal Cortez, que pregava
um mundo novo e riquezas
- liberdade sem fastio...-
E foi assim que Dom Pedro
- que agora era só Pedro –
- buscando um sonho longevo,
do Velho Mundo, partiu.

Mas, chegado ao Novo Mundo,
na luta pelas riquezas;
pilhagem e genocídio
oculto em glória divina
- glória que o Pedro não viu... -
... ferido por flecha Azteca,
Pedro de Espanha caiu...

E como buscava, Pedro,
nada mais que a liberdade
no horizonte que descampa...
... nesta flor de mundo novo,
Pedro descobriu a Pampa...

Num grupo de changueadores
- campeando por sebo e couro –
caçando boi chimarrão,
o Pedro, barba e melena;
chiripá, bota-de-potro;
encontrou o sonho, então
... a mais pura liberdade...
... sem lei, sem dono ou verdade
maior que a adaga na mão...

Mas, liberdade tem preço:
onças de sangue, que é o ouro
da riqueza dos valentes...
...e essa terra tinha gente
que morria por ser livre...

E veio a gesta guerreira:
... Pedro lança e boleadeira...
... Bolívar y san Martin...
... Pedro Artigas, Pedro Bento...
... Pedro Osório, Pedro Netto ...
... Pedro Aparício Saraiva...
... Pedro Borges de Medeiros...
... Pedro Silveira Martins...
... E a pedra rasgando chumbo
e atropelando lançaços;
fazendo de escudo a estátua
de carne do próprio peito...
... Pedro sonho: Liberdade !...
... Pedro utopia: Igualdade,
fraternidade e respeito!...

Veio a paz e os alambrados,
e a liberdade do Pedro
só teve um jeito de ser:
Pedro fez casa nos bastos,
debaixo de um poncho-pátria...
... Pedro sombrero e cincerro...
... Pedro poeira, sol e chuva...
... Pedro no berro da rês...
... Pedro ponteiro, culatra...
... Pedro ronda, aparte, estrada...
... Pedro foi tropa encordoada...
... Pedro tropeiro se fez...

A tropa também marchou...
A tão esperada dádiva
da suprema liberdade,
perdeu-se junto do grito
do “Venha Boi !” bem marcado
das gargantas dos ponteiros...
E Pedro se foi, perdido...
... mesclado... unido... fundido...
... ao compasso dolorido
do cincerro da madrinha.

Não sei que Pedro sou hoje,
ou se Pedro é algum de vós...
Talvez seja, Pedro, a voz
quando cantamos o nosso...
Talvez, cantar, seja a forma
do Pedro ainda ser livre...
... ou quem sabe, Pedro vive
um pouco em cada um de nós?...

E fica, então, a memória:
... Pedro lança e boleadeira...
... Pedro facón y pistola...
... Pedro gaudério e guerreiro...
... Pedro cincerro, tropeiro...
... Pedro sombra... Pedro cruz...
No vulto de tantos Pedros
revivemos nossa história...
... Pedro pedra... umbral! ... vitória!
... Pedro... bandeira de glória!...
Pedro... estandarte de luz!...

sábado, 6 de março de 2010

El Gaucho



Aunque se la utilizó en todo el río de la Plata - y aún en Brasil - no existe absoluta certeza sobre el origen de la palabra gaucho.
Es probable que el vocablo quichua huachu (huérfano, vagabundo) haya sido transformado por los colonizadores españoles utilizándose para llamar gauchos a los vagabundos y guachos a los huérfanos.
También existe la hipótesis de que los criollos y mestizos comenzaron a pronunciar así (gaucho) la palabra chaucho, introducida por los españoles como una forma modificada del vocablo chaouch, que en árabe significa arreador de animales.
La denominación se aplicó generalmente al elemento criollo (hijos de españoles) o mestizo (hijos de españoles con indígenas), aunque sin sentido racial sino étnico ya que también fueron gauchos los hijos de los inmigrantes europeos, los negros y los mulatos que aceptaron su clase de vida.
El ambiente del gaucho fue la llanura que se extiende desde la Patagonia hasta los confines orientales de Argentina, llegando hasta el Estado de Rio Grande del Sur, en Brasil (gaúcho).
El proceso evolutivo del gaucho y el uso de esa palabra se desarrolló sin solución de continuidad. Distintos tipos de gaucho existieron en Argentina antes de 1810, es decir antes de ser conocidos con ese nombre. Peones de campo existieron desde que comenzaron a formarse las primeras estancias, aunque hayan sido pocas al principio. El tercer tipo - que luego se llamó gaucho alzado - existió en reducido número. Pero no fueron los primitivos peones ni los "fuera de la ley" quienes le dieron la característica suficientemente fuerte para llamar la atención.
Es indudable que el tipo de gaucho que tuvo realmente fisonomía peculiar - el primero que fue llamado así - fue el gaucho nómada, no delincuente, que estuvo implícito en el gauderío oriental del s. XVIII. Este gaucho fue algo más que un simple vagabundo. Adquirió en la Argentina, a lo largo del s. XIX rasgos propios bien definidos. Y cuando se difundió suficientemente - es decir, a medida que fue creciendo la población rural - fue llamado gaucho, como también se había llamado al paisano oriental del s. XVIII.
Hábiles jinetes y criadores de ganado, se caracterizaron por su destreza física, su altivez, su carácter reservado y melancólico.
Casi todas las faenas eran realizadas a caballo, animal que constituyó su mejor compañero y toda su riqueza. El lanzamiento del lazo, la doma y el rodeo de hacienda, las travesías, eran realizados por estos jinetes, que hacían del caballo su mejor instrumento; en el caballo criollo no sólo cumplía las faenas cotidianas sino que con él participó en las luchas por la independencia, inmortalizando su nombre con las centauras legiones de Güemes.
Fue el hombre de nuestro campo, principal escenario de su vida legendaria y real. De vida solitaria ya en grupos de tiendas, como las tribus nómades ya en racheríos aislados como en la pampa sureña.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Lo Maestro Don Alfredo Zitarrosa


Alfredo Zitarrosa nasceu Alfredo Iribarne, filho de Jesusa Blanca Nieve Iribarne, à época com 19 anos de idade, no Hospital Pereira Rossell, em Montevidéu.
Pouco depois que nasceu, Blanca entregou o filho para ser criado por Carlos Durán, homem de muitas ocupações, e sua esposa, Doraisella Carbajal, então funcionária do Conselho da Criança. O menino passa a ser conhecido por Alfredo "Pocho" Durán.
Os três moraram em vários bairros da cidade, mudando-se para a vila de Santiago Vazquez, onde viveriam entre 1944 e o final de 1947. Eram freqüentes as visitas à zona rural próxima à Trinidad, capital do Departamento de Flores, onde a mãe adotiva de Alfredo nasceu. Estas experiências na infância permaneceram com ele para sempre, sendo perceptíveis em seu repertório, majoritariamente composto por ritmos e canções de origem camponesa, principalmente milongas.

Alfredo retornou, por um curto espaço de tempo, com sua família adotiva para Montevidéu, no início da adolescência, e passou para morar com sua mãe biológica e seu marido, que haviam acabado de ter uma filha. O marido de sua mãe biológica, um argentino chamado Alfredo Nicolás Zitarrosa, posteriormente lhe daria o seu nome. Os quatro viviam na região atualmente conhecida como Rincón de la Bolsa, no km. 29,500 da antiga estrada de Colonia, Departamento de San José. De lá, freqüentava o liceu em Montevidéu, para onde se mudaria na juventude.
Ele viveu primeiramente com o casal Duran e, em seguida, na pensão da Sra. Ema, localizada na rua Colonia ,esquina com Medanos (hoje Barrios Amorín), para depois ocupar o famoso sótão da casa que funcionava também como uma pensão e pertencia a Blanca Iribarne, sua mãe, localizada na rua Yaguarón (hoje Aquiles Lanza) 1021, em frente à praça que atualmente leva o seu nome. Ele trabalhou, entre outras funções, como vendedor de móveis e de planos de saúde, além de operador em uma loja.
Começou a carreira artística em 1954, em uma emissora de rádio, como apresentador e animador, roteirista, e ator de teatro. Foi também escritor, poeta e jornalista.
Levado pelas circunstâncias, encontrava-se no Peru, quando fez sua estréia como cantor profissional em 1964, no dia 20 de Fevereiro, em um programa que era transmitido pelo canal 13 (Panamericana de Televisión). Assim começava uma carreira que não seria mais interrompida. Zitarrosa relata sua experiência: "No tenía ni un peso, pero sí muchos amigos. Uno de ellos, César Durand, regenteaba una agencia de publicidad y por sorpresa me incluyó en un programa de TV, y me obligó a cantar. Canté dos temas y cobré 50 dólares. Fue una sorpresa para mí, que me permitió reunir algunos pesos..." ("Eu não tinha nem um peso [nome da moeda de muitos países], mas muitos amigos. Um deles, Cesar Durand, dirigia uma agência de publicidade e de surpresa me incluiu num programa televisivo e obrigou-me a cantar. Cantei duas canções e cobrei 50 dólares. Foi uma surpresa para mim, o que me permitiu juntar alguns pesos...")
Pouco tempo depois, voltando para o Uruguai, passou pela Bolívia, onde realizou vários programas na Rádio Altiplano da cidade de La Paz, estreando mais tarde, em Montevidéu, novamente em1965, no auditório do SODRE (Servicio Oficial de Difusión Radioeléctrica). Sua participação neste espaço serviu como um trampolim para ser convidado, no início 1966, para o já reconhecido Festival de Cosquín, na Argentina, e de novo em 1985.
Desde o início, estabeleceu-se como uma das grandes vozes da música popular latino-americana, com raízes claramente folclóricas. Cultivava um estilo e conteúdo varonil, e sua voz grossa e de um acompanhamento típico de violão tornaram-se sua marca registrada.
Aderiu ao Frente Amplio (coligação de partidos da esquerda uruguaia), o que lhe levou ao ostracismo e depois ao exílio durante os anos da ditadura militar. Suas canções foram proibidas na Argentina, Chile e Uruguai durante os regimes ditatoriais que governaram esses países. Viveu depois, sucessivamente, em Argentina, Espanha e México, a partir de 9 de Fevereiro de 1976.
Revogada a proibição de sua música, como de tantos outros artistas na Argentina após a Guerra das Malvinas, instala-se novamente em Buenos Aires, onde realizou três apresentações consideradas memoráveis no Estádio Obras Sanitarias, em 1983. Quase um ano depois, regressou ao seu país, onde teve uma grande recepção no histórico 31 de Março de 1984, descrito por ele como "la experiencia más importante de mi vida" ("a experiência mais importante da minha vida") [1].

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A história de um dos grandes mestres do folklore latinoamericano Jorge Cafrune


Ele nasceu na fazenda "La Matilde", em A Sunchal, Perico del Carmen, Jujuy. Foi educado em San Salvador de Jujuy, tendo aulas de guitarra com Nicolas Lamadrid. Se mudou com sua família para Salta, onde conoceu a Luis Alberto Valdez, Tomas Alberto Campos e Gilberto Vaca, com quem formou o seu primeiro grupo "Las Voces de Huayra". Com esta formação gravou em 1957 o seu primeiro disco de acetato, com na gavadora de Salta "H. y R.". Naquela época foram "descobertos" por Ariel Ramirez, que os convocou para acompanhá-lo em um tour de Mar del Plata e várias províncias. Então Cafrune e Valdez foram chamados para o serviço militar e o grupo alterno sua formação original do grupo com substitutos de José Eduardo Sauad e Adolfo Luis Rodriguez. Estes novos integrantes formam parte da formação que esse mesmo ano gravou um disco de 12 faixas para o gravadora Columbia. Mais tarde seram comvocados para gravar um segundo álbum para a mesma empresa, mas desentendimentos entre os membros acabaram por levar à dissolução do grupo.

Ante uma nova comvocatória de Ramirez, Cafrune forma um novo grupo, "Los cantores de la alborada" ("Os Cantores da Alvorada"), acompanhado por Tomas Campos, Vaca Gilberto y Javier Pantaleon, todos da província de Jujuy. Após a apresentação de novo com Ramirez, Cafrune decide continuar a viagem sozinho e deixar o novo grupo. Nesta nova etapa de estréia em 1960 no Centro da cidade argentina de Salta a tomar imediatamente depois de uma longa turnê que iria levá-lo através das províncias de Chaco, Corrientes, Entre Ríos e Buenos Aires. Confrontados com uma recepção morna na capital, onde ele não tuvo lugar no rádio ou na televisão, decidiu continuar a turnê do Uruguai e do Brasil. No primeiro realizado a sua estreia televisiva no canal 4 do país oriental.

Em 1962 ele retornou para a Capital e entra em contato com Jaime Dávalos, que tinha um programa de televisão. Este lhe diz que devería tentar a sua sorte no Festival de Folklore do Cosquín. Cafrune viaja para a cidade de Córdoba e conseguir uma vaga para atuar fora da programação, dedicando-se eleita a primeira revelação pública. Então veio o primeiro solo ea consagração final com novas apresentações em rádio, televisão e teatro, bem como passeios longos em que ele sempre preferiu cidades pequenas para as grandes cidades. Foi em uma dessas aldeias, Huanguelén, na província de Buenos Aires, onde conheceu e promoveu um jovem cantor chamado José Larralde. Neste período também continuou apresentándose cada ano em Cosquín e ali, em 1965, sem o conhecimento da organização apresentou a uma cantora tucumana chamada Mercedes Sosa.

Em 1967 apresenta a turnê "De a caballo por mi Patria", ("De a cavalo por o meu país"), em homenagem à Chacho Peñaloza. Nese passeio Cafrune percorreu o país ao estilo dos velhos gaúchos, levando sua arte e sua mensagem a todos os cantos. Seus objetivos também incluiron captar as paisagens através da fotografia e a filmação de curtas-metragens televisivas, além de coletar dados sobre estilos de vida, costumes, cultura e tradições das diversas regiões. A turnê foi desastrosa para a economia, mas foi um grande sucesso quando, tendo em conta os reais objectivos que tinham sido propostos.

No final desta turnê, foi convocado para integrar umas comitivas artísticas argentinas que visitarom os Estados Unidos e Espanha. O evento na Península Ibérica era fabulosa, e Cafrune llegou a morar ali por vários anos, formando família com Lourdes López Garzón. Seu retorno ao país foi em 1977 quando seu pai morreu. Aqueles eram tempos difíceis para a Argentina, porque o governo estava nas mãos da ditadura militar liderada por Jorge Rafael Videla. Ao contrário de outros artistas envolvidos, que foram exilados quando começaram as ameaças e proibições, Cafrune decidiu ficar e continuar fazendo o que ele fez de melhor: cantar e opinar cantando e fazendo. Assim, no Festival de Cosquín de janeiro de 1978, quando ele pediu ao público uma canção que foi proibido, Zamba de mi esperanza, Cafrune concordou, argumentando que "embora não seja permitida na carteira, se meu povo me perguntar, eu vou a cantar." Segundo o testemunho de inscritos no relatório Nunca Mas, isso (além de música, a partir da Orejano, uma canção rebelde libertário) foi demais para os militares, e em um campo de concentração em Córdoba, o tenente-coronel Carlos Enrique Villanueva disse que "tinha de ser morto para avisar a os outros."

Em 31 de janeiro de 1978 como uma homenagem a José de San Martín, Cafrune empreendeu uma viagem a cavalo que lo levaria a Yapeyú, berço do Libertador, para colocar a terra de lugar de sua morte, Boulogne-sur-Mer. Naquela noite, pouco depois de sair, foi atingido na altura do Benavídez por um caminhão dirigido por um 19-year-old Hector Emilio Diaz. Cafrune morreu no mesmo dia à meia-noite, mas o fato nunca foi estabelecido e para a justiça foi apenas um acidente.
O fato que ele suspeita que sua morte foi causada pela ditadura fizo que corria o boato que Cafrune era comunista. Mas ele estava em contra do comunismo eo capitalismo: era um nacionalista convicto com grande respeito às suas terras e tradições.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Tava



A tava ou jogo do osso
 
Juego antiquísimo, ya conocido por los antiguos griegos, característico de la campaña argentina, a la que llegó traído - según parece - por los españoles. También se lo conoce como taba culera.

 
 
Consiste en tirar al aire un astrágalo de vaca o de carnero, similar al de la ilustración; se gana si al caer queda hacia arriba el lado cóncavo, o cara, llamado suerte; se pierde si queda hacia arriba el lado denominado culo.
La taba se llama tramposa cuando se le introducen cargas que sólo conoce el que lo ha hecho y que, tirada de cierta manera, siempre le resulta suerte.
 
Cuando la tabeada está organizada como explotación comercial, preside la reunión una especie de juez llamado canchero, que recibe una comisión o coima por jugada. en estas tabeadas rige un reglamento de juego o bien los jugadores convienen en respetar ciertas y determinadas condiciones, por ejemplo cuando la taba se para de punta, es pinino, admitiéndose en general, como suerte.
Fuente: Diccionario Folklórico Argentino, de Félix Coluccio, Ed. Plus Ultra, 815 pág, 7a. ed., 1991

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Romance do injustiçado (Aparicio Silva Rillo)






Como talhado em pau-ferro,
o carão de traços duros,
o bigodão mal cuidado
desabando sobre os lábios;
par de asas mui cansadas
de um avejão de cor negra.
Melena de muitos meses,
sobrando por sobre a gola
e o colorado de um lenço,
sangrando em riba do peito.

A bombacha de dois panos,
remangada sobre a bota.
Os cravos da espora grande
mordendo a franja do pala,
bem atirado pra trás.
No fivelão da guaiaca,
luzindo em campo de prata,
o louro das iniciais.

Sobrando da faixa negra
que lhe abarcava a cintura,
o cabo entalhado em chifre
da xerenga de dois palmos.
Um relho, trança de oito,
vinha arrastando a açoiteira
dependurado no pulso
pelo tento do fiel.

Pela rédea, o azulego,
se via que flor de flete
malgrado a estampa judiada
de pingo que muito andou.
Foi assim que há muitos anos
bateu nas casas da estância
o celebrado bandido
chamado “Estácio Arijo”.

Bandido
para a justiça,
por seu respeito se explique,
que as razões de um índio macho
nem sempre são bem aceitas
pelos códigos e leis.

Bandido
por ter sangrado,
igual de raiva e de armas
a um cujo que desonrara
a mais moça das irmãs.

Bandido,
porque apertado
entre as brigadas e a enchente,
já não podendo escapar
por debaixo da fumaça,
matou um dos quatro praças
que lo quiseram carnear.

Bandido,
porque seguido
por milicadas sequiosas
de uma vingança total,
fugiu da estrada real
para o mais fundo dos matos,
carneando chibos alheios
para o churrasco sem sal.

Bandido,
porque enleado
na rudez da ignorância,
fez da fuga e da distância
seu modo de mal viver;
porque quis a sina ingrata,
que nunca tivesse plata
para pagar um bacharel.

Bandido,
porque não teve,
a exemplo de tanta gente,
cancha livre, costas quentes,
à sombra de um coronel.

E assim viveu como bicho,
pelos fundões das fazendas,
a carregar a legenda
de perigoso e assassino,
ximbo, bagual, teatino,
com fama de touro alçado,
tragando o duro guisado
que lhe picava o destino.

N’algum bolicho de estrada
boleava a perna cestroso,
pelos domingos de tarde.
Para um cantil de cachaça,
meio quilo de bolacha
mais um punhado de sal.

Olhava de olhos compridos
para o mais das prateleiras,
pra um bom fumo amarelinho,
pros maços de palha buena,
para a erva de palmeira,
num saco sobre o balcão.
Mas vinha curto seu cobre,
mal e mal traz precisão;
o bolicheiro era pobre,
e ele não era ladrão.

E a polícia no seu rastro,
malgrado o tempo passado,
perseguido e acuado
por plainos e socavões,
sempre mudando de pouso
pra confundir os milicos,
que em manhas sim, era rico,
por evidentes razões.

Cansou-se um dia, afinal,
daquela vida de bicho,
daquele estranho cambicho
com as más volteadas da sorte,
de não ter rumo nem norte,
não ter descanso ou sossego.

E assim bateu cá na estância,
naquele entono de taita
que manda parar a gaita
por ter cansado do baile.
E ao patrão, velho Boerana,
pediu Estácio Arijo
que mandasse algum chirú
levar ao povo um recado:
que viesse o delegado,
que ele afinal resolvera:
ele, o bandido; ele, o maula,
trocar o largo dos campos
pelo encolhido das jaulas.

Nas suas noites de insônia,
entre um pelego e as estrelas,
conseguira convencer-se
que, sendo justa, a justiça
lhe entenderia as razões
e lhe daria, a lo muito,
poucos anos de condena
ou mesmo absolvição.

Foi então, que a meia tarde,
num fordecão atochado,
deu na estância o delegado
com quatro praças por quebra
para formar o sarilho:

quatro fuzis embalados,
quatro dedos no gatilho.

Então ... Estácio Arijo
tomou seu último mate,
no mesmo entono de guapo
que era seu jeito de sempre,
arrastou a espora grande
na direção dos milicos.

- Nem mais um passo!
gritou-lhe num gritinho de falsete,
o delegado, um joguete
nas mãos do chefe local.
- Levante as mãos!
- Largue as armas!
- Esteje preso, seu bandido,
seu metedor de pendenga!

E o Arijo, decidido
a entregar-se sem briga,
levou a mão à barriga
para descartar a xerenga.

- Cuidado! Berrou um praça.
Tremeram cinco covardes;
e na calma desta tarde
berraram quatro fuzis,
quatro sóis de fumo e sangue
se lhe acenderam no peito.

Foi desabando aos pouquitos
de frente para os milicos,
no jeito de um velho angico
caído junto às macegas
que lhe envejavam o entono.

E já quase adormecendo
para o derradeiro sono,
quatro vezes mal ferido,
teve ainda tino e ouvido
para escutar um dos cinco
que lhe gritava:
- Bandido!

Caiu ...
olhando pro céu,
tinto de sangue e de luz.
Dava-lhe o sol pela frente,
como a incendiar-lhe a figura,
a mais rica das molduras
para enquadrar um valente !

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Doma Gaúcha



A doma gaúcha é uma prática campeira, tradicional e empírica. No entanto é condenada, direta ou indiretamente, por outros métodos, que se baseiam em teorias e que, por isso, são facilmente aceitas, resultando, por conseguinte, na formação da opinião pública. Entender nossa doma sob a luz das ciências para podermos seguir usando-a como uma seqüência de causa e efeito tem sido ultimamente nosso objetivo. Há algum tempo temos trilhado esse caminho até chegarmos e poder usá-la como ciência e como arte. Nosso pensamento foi estimulado por um filósofo, ou melhor, Papadakis, que disse em sua obra “La ecologia de los Cultivos”. “-Quando as teorias condenam as práticas, são elas, as teorias, que devem ser revisadas, porque as práticas são sinônimos de realidade”. Não necessitamos nos aprofundar. Bastaram algumas noções gerais das ciências ligadas à Biologia para compreender e entender o que buscávamos. O comportamento animal, que sempre foi tido como instintivo, modernamente, está mais do que provado, que se encontra materializado no germoplasma. São inúmeros os exemplos citados, como o caso de uma vespa de determinada espécie, que constrói um casulo de barro, faz uma reserva de alimentos colocando pequenos insetos mortos, põe ovos, tapa o casulo e... morre. Esse processo vem ocorrendo há milhões de anos. Nunca uma geração chegou a conhecer a anterior, porque morre antes dos filhos nascerem. E os novos insetos sempre fazem a mesma coisa, porque este comportamento é genético. A genética tem um único objetivo: a perpetuação e a multiplicação da espécie. Determina, inclusive, que cada um dos seus representantes trasforme tudo que for alimento disponível em corpos da própria espécie. Por exemplo: os chineses, malaios e outros povos da região asiática, comem gafanhotos, aranhas, escorpiões, larvas de formigas, etc., para trasformá-los em corpos humanos. Durante nossa doma, podemos ver como o animal se transforma lentamente, visando sempre a cumprir o que está escrito em sua carga genética. A nossa doma é simples e direta, pois somente usa o que a equitação gaúcha vai continuar usando: um palanque, bucais, cabrestos e maneias de vários tipos, etc. Tudo feito de couro cru e bem sovado; só trocando, no meio do processo, o bocal de couro pelo freio de ferro. Segue uma seqüência lógica, onde cada um dos processos usados é um condicionamento para a aprendizagem dos processos seguintes. No simples ato de atar um bagual num palanque, podemos observar o que acontece. A tentativa de fuga é genética, porque vem ao longo do período de vida selvagem. O animal “senta” para fugir e, de repente, dá um pulo para frente e fica próximo ao palanque. Depois de mais algumas tentativas, ele descobre que esta é a melhor atitude, porque satisfaz a lei da “economia de energia” e da “integridade física”, o que prolonga a vida com vistas ao principal objetivo da espécie, que é a reprodução. Respeitar a liberdade do animal tem de opor resistência, inicialmente, é evitar que ele “sente” mais tarde. Esta primeira experiência é um reflexo incondicionado. As outras que virão serão condicionadas a esta, favorecendo as seguintes descobertas. Para ensinar o animal a cabrestear, deixa-se o mesmo tentar fugir e, quando estiver em posição favorável - atravessado, dá-se uns tirões para os lados. Quando o animal descobre que, ao ficar de frente e se aproximar do domador, evita novos puxões, descobre que cabestrar é a melhor solução dentro de sua própria genética. Respeitou-se a liberdade e induziu-se à descoberta por parte do animal. Todo o resto da doma gaúcha segue o mesmo mecanismo. A escolha do que é melhor para si, e para a própria espécie, fica a cargo do próprio animal, pois a liberdade instintiva é respeitada. A doma de baixo com o uso de maneias, maneadores, maneias redondas ou maneias de trava, visa à segurança do próprio domador e serve para que o animal reconheça a resistência das cordas usadas. A doma de rédea e a enfrenação seguem o mesmo caminho já trilhado pelo animal nas experiências anteriores (reflexos condicionados no processo do mecanismo da aprendizagem). Nos primeiros galopes da doma de rédea, o domador dá uns tirões no queixo do animal com uma técnica especial que vem da experiência acumulada por seus ancestrais e que dá os melhores resultados. De onde vieram estes conhecimentos práticos só a história poderia descobrir, talvez desde a época da domesticação. O animal esbarra quando descobre que isso é melhor para sua integridade física e com o menor consumo de energia, etc. Tudo de acordo com o script de sua genética. Diante da simplicidade dos instrumentos usados em nossa doma, a quantidade de freios e bridões de todo o tipo apresentados por outras escolas que se auto-intitulam de “racionais”, para nós, gaúchos, mais parece uma parnafenália de ferramentas de tortura: a boca do cavalo quando puxado pelas rédeas; bridões cujo bocal é um pedaço de corrente de motocicleta. Todos estes recursos, usados, para outras finalidades e por profissionais competentes, devem ter suas explicações. Daí para diante, na doma de rédea, o domador poupa a boca do cavalo e passa a governar praticamente com as rédeas frouxas, através de senhas, usando mais o balanço do corpo, o relho e as esporas. Para facilitar, antes do primeiro galope, auxiliado pelo amadrinhador, com as rédeas já prendidas no bocal, o domador dá uns tirões com o animal deitado e maneado, de modo que a coluna vertebral fique arqueada, o que diminui a força de reação do pescoço. Pode parecer chocante, para quem tem pouca vivencia com os costumes e, olhando de fora, parece-lhe uma brutal covardia. Porém os domadores sempre usaram este método, porque sabem dos seus resultados, que são bons para ambos, homem e animal. Um exemplo que prova a eficiência e a rapidez deste método de doma de rédea é o seguinte: há poucas décadas, antes dos rodeios de tiros de laço dos CTGs, as diversões de fim de semana eram as carreiras de cancha reta. Uma das tradições que desapareceu foram as pencas de baguais de rédea, de vinte e um dias de pega. Reuniam-se algumas fazendas da vizinhança e passavam o domingo de churrasco e carreiradas. Correr duzentos ou trezentos metros para um bagual que tinha ficado bem sujeito não prejudicava em nada o processo da doma, e, principalmente, sem o risco de o animal disparar, porque já tinha sido dominado no devido tempo nos primeiros galopes, e a campo afora. Após a segunda sova de rédea, sempre foi de praxe soltar o animal, durante alguns dias, para descansar e refazer-se. Esta prática tem como objetivo aumentar o prazer e a vontade de mascar o freio, que seria a etapa seguinte. A nossa doma nunca usou a ação mecânica de reflexos incondicionados que não seriam aproveitados posteriormente como: rédeas diretas, charretear, borrachas, etc. O bem-estar prolonga e melhora a qualidade da vida, um dos objetivos da própria perpetuação da espécie. É por isso que os freios, na Equitação Gaúcha, são também usados desde a enfrenação. Têm o bocal alto, são leves e de pernas curta, com o mínimo de alavanca e com a barbela grossa, para não machucar. Os freios de origem moura, com barbela de argola, muito usados até a época da Guerra do Paraguai, evoluíram, mas ainda preservam o bocal alto e as pernas relativamente curtas. O processo continua sendo o mesmo das fases anteriores, pois é o próprio animal que vai procurar a melhor posição do pescoço e da cabeça para que o bocal do freio toque mínimo possível no céu da boca. Isto faz com que os domadores nunca se preocupem em querer impor, artificial e mecanicamente a melhor postura do pescoço e da cabeça. Neste nosso trabalho, não visamos a ensinar uma prática que sempre foi constumeira onde existe a cultura gaúcha e é por demais conhecida. Entendê-la para podermos seguir usando-a com racionalidade e, ao mesmo tempo, poder evitar os excessos de brutalidade que as ciências não justificam, continua sendo o nosso objetivo. Além disto, para modifica-la, adaptando-a a alguns novos métodos de criação de eqüinos, acompanhando a evolução dos mesmos. E assim evoluir sem modificar sua essência, para não perder de vista o resultado final e, também não mudar o estilo da “equitação gaúcha”. Hoje, é mais usual amanunciar os potrilhos na época do desmame. Também, laçar um bagual de 4 ou 5 anos criado no fundo das invernadas e palanqueá-lo, não se usa mais. Outro exemplo, se quisermos podemos também optar por dar os primeiros galopes com o animal a cabresto; desde que ele corra a campo afora, para que fique bem domado e de confiança. O processo de enfrenação é longo e é o mais delicado. Só termina vários meses depois de ter continuado no próprio serviço de campo, no qual os campeiros procuram ter a mão leviana e não abusar em serviços brabos ou excessivos. Montar num pingo, bem domado e enfrenado à “moda gaúcha”, bem escaramuçado e arrucinado, sempre foi orgulho de nossa gente: um cavalo faceiro, doce de boca e monarca de atitudes, levando o freio perto do osso do peito. Este foi o cavalo que fez a nossa história: cutucado na espora e balanceado na rédea, repontou à pecuária sul-americana e marcou, a ponta de lança as atuais fronteiras de nossas pátrias. Esse é o resultado final de uma doma que visa a ter um cavalo ideal para o serviço de campo e que também serviu para as guerras, - “cavalo de peão e de soldado”. Acrescente-se a isto o fato de que a doma gaúcha, pelas suas características, adapta-se perfeitamente a outras práticas esportivas ou de competição, como o Pólo, Hipismo, Carreiras, bem como as provas do Freio de Ouro, desde que o animal entre em um treinamento especifico para cada uma destas finalidades. Para encerrar tudo o que foi dito acima, reproduzimos aqui as palavras do companheiro Cel. Bayard Bretagna Jaques, ao dizer, com convicção de quem conhece, que “a Equitação Gaúcha é única no mundo por que é ecológica!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Novo Tempo.Raíz Igual

Um novo tempo já vem faz tempo se achegando e com ele carregando nossa casa,nosso rosto.Embora eu seja bastante jovem(tenho 18 anos)consigo sentir em plenitude toda a nostalgia de nosso passado,todas as virtudes que costeiam nossa raiz.Mas assim sendo resolvi tomar as rédeas da cultura e asima de tudo lutar por ela.Atrávez do poema,e deste nosso grande invento chamado Internet.Não se pode esquecer que quando se deixa de cuidar de nossa casa ela fica feia e vai aos poucos se desfazendo.Por gostar de campo com o mais profundo amor pela terra(embora eu seja de cidade)e por nossa mãe maior chamada pátria Gaúcha.Lutaremos de mãos firmes e rédeas curtas frente a quem tentar nos mudar.

Noite Grande



(Gujo Teixeira)

Noite grande...!
Dos retratos antigos
pendurados na parede
descem os avós sorridentes,
mesmo desbotados pelo tempo,
e passeiam pela memória da casa.

Passos macios, qual novelos de lã.
Desses que as avós campeiras
dos seus teares e mãos mágicas
faziam bicharás para as invernias.
Lã, por certo, de algum cordeiro de Deus!

Os avôs, também campeiros,
antigos tal a saudade,
passeiam pela memória
de não esquecer nenhum fato.

São fantasmas pela memória da casa,
pelo corredor de janelas grandes,
pelo quarto de noites grandes,
pela sala de portas grandes para o pátio.

Na sala...
uma cadeira de balanço para embalar a saudade
e móveis tão antigos, iguais a ela.

São fantasmas pela memória do galpão
e sopram as brasas do fogo-de-chão
pra que este não morra de cinzas.

E reviram a memória do galpão.
De quando encilhavam cavalos gateados,
mouros e baios e quebravam bem o cacho.
Um lombilho, aperos de prata,
esporas luzindo o clarão da aurora.

Atavam ao pescoço um lenço
e terçavam ferro em alguma revolução
pela honra deste lenço bandeira,
de paz e guerra.

As avós...
na paciência de criar filhos, meus pais,
cuidavam sob o olhar atento
e o carinho das mãos.

Mãos mágicas, que sabiam como ninguém
fazer pães e tachadas de doces.
E cerzir panos e fazer bordados.
Mãos de aceno quando um filho partia,
pássaro que cria asas e voa sozinho.

Noite grande...!
E os avós que saíram dos retratos
passeiam pela memória da casa,
do galpão, de tudo e de todos!

Noite grande...!
E eles voltam p'ras suas molduras,
janelas de onde vêem e são vistos,
de onde lembram e são lembrados,
de onde amam e, com toda a certeza,
também são amados!

Chimarrão da madrugada




Aureliano de Figueiredo Pinto
 
Não sei por que nesta noite
o sono velho sebruno
ergueu a clina e se foi!
E eu que arrelie ou me zangue.
 
Tenho olhos de ave da noite,
ouvidos de quero-quero,
cordas de viola nos nervos
e uma secura no sangue.
 
Então, da marquesa salto
e vou direto ao galpão:
bato tição com tição
e a lavareda clareia
os caibros do galpão alto.
 
Já a cuia bem enxaguada,
corto um cigarro daqueles
de reacender vinte vezes
num trote de quatro léguas
de uma chasqueira troteada.
 
E, quando a chaleira chia,
princípio de um chimarrão,
mais verde e mais topetudo
do que um mate de barão.
 
Me estabeleço num banco
pra gozar gole e fumaça,
pitando um naco de branco.
E entre tragada e golito
saludo mui despacito
cada recuerdo que passa.
 
Um galo - o cochicho-mestre!
o laço desenrodilha.
E fica só com a presilha
e solta a armada bem grande
do laço de um canto largo
de sobre-lombo a uma estrela.
 
E os outros galos-piazitos
vão atirando os laçitos
como em guachas de sinuelo.
E até um garnizé cargoso
vai reboleando orgulhoso
o soveuzito feioso
feito de couro com pelo.
 
Nem relincham os cavalos!
Com brilhos de ponte-suelas,
lá em riba estão as estrelas!
Cá embaixo os cantos dos galos!
 
A estrela d'Alva trabalha
na imensidão da hora morta:
- ou num perfil de medalha
ou a maiúscula inicial
sobre a prata de um punhal
que ainda há de sangrar o dia.
 
E a "nova" ao largo se corta,
magra, esquilada, arredia,
empurrando a guampa torta
contra o ventito do sul,
como num campo de azul
a ovelha chamando a cria.
 
Solito, perto do fogo,
como um bugre imaginando,
escuto o tempo rodando
sem descobrir o seu jogo.
 
O perro baio-coleira
faz que cochila... e abre os olhos,
a espaços, regularmente.
E me fixa os olhos claros
como um amigo, dos raros,
cuidando do amigo doente.
 
É um gosto olhar os brasidos
e os luxos das lavaredas
dançando rendas e sedas
para a ilusão dos sentidos.
E entre o amargo e a tragada
tranqueiam na madrugada
tantos recuerdos perdidos.
 
E o chimarrão macanudo
vai entrando pelo sangue!
Vai melhorando as macetas,
curando as juntas doridas
como água arisca de sanga
sobre loncas ressequidas.
 
O peito avoluma e arqueia
como cogote de potro.
E as ventas se abrem gulosas
por cheiro de madrugada.
- Potrilhos em disparada
num setembro de alvoroto.
 
Ah! sangue velho... Descubro
porque hoje estás de vigília:
- Dois séculos de fronteiras
de madrugadas campeiras;
de velhas guardas guerreiras
bombeando pampa e coxilha!
 
Por isso é que hoje não dormes!
Ouviste a voz de ancestrais:
- "O chimarrão principia!
Alerta! O campo vigia!
Da meia-noite pra o dia
um taura não dorme mais.

Sem Saber Rezar




Autor: Lisandro Amaral

Caminho que a alma traduz
vestido de luz, num motivo
guardado...
caminho que o tempo reluz
do calvário e da cruz no
poema sangrado

eu teimo ao quebrar
meu silêncio
entre o muito que penso
e no algo que leio...
nas preces e aromas de
incenso, onde rezo e repenso
os mistérios que creio!
Além de mim, não há um fim!

Nem deverá...
além da cruz, não houve a luz?
– nem brilhará?
os muitos motivos sangrados,
do cristo pregado, jamais saberei
jamais saberás!

Eu não brilharei, tu não brilharás...
Enquanto a vaidade do mundo
falar mais profundo que a
voz dessa luz,
enquanto os mistérios que
cremos e o algo que lemos
não possa explicar:

Eu não brilharei, tu não brilharás...
Brilha... a beleza de uma
corticeira refletindo o sol;
brilha... o retouço de um
cordeiro frente ao arrebol!
Luz na paisagem, de um final
de tarde, onde paro e penso:
se eu brilharei? Se alguém brilhará?
Ainda chora o homem por não ver a luz de um bom por de sol!
Que o bom Deus te guarde poesia viva...
...que o bom Deus te guarde!

Pingos rebolcados, cantos encantados de sabiás e vidas
vem na recolhida, luz enternecida de um clarim barreiro
que abre o peito e canta, que abre o peito e canta
por ter mais garganta que estes pregadores que assinam pastores
e a gritos e ditos formam falsos ritos na ambição mesquinha
de roubar o pouco de quem já vem louco pela vida amarga
pela vida l a r g a...

meu canto é um grito e tem missão guerreira.
de sentar basteira e levantar trincheiras por onde andejar!
Meu canto é triste porque é triste o homem que ainda vai ter fome sem saber rezar...
meu canto é triste porque é triste o homem!

Encilhei tiflando noutro dia bueno!
Lambia o sereno meu par de choronas,
agarrei cordeona, e já me pus montado
dizendo à campanha que estava de prece
e a luz que enternece meu canto pampeiro
é a mesma contida no cardeal guerreiro
e o pranto, luzeiro, que a manhã derrama
é o mesmo que flama no olhar do Barreiro!

Num culto campeiro sem bronze nem ouro
somente as bombilhas prateadas no couro,
somente as argolas num buçal de touro
que foram compradas com suor dos calos
não foram esmolas ao som dos badalos
me acompanham rindo quando teimo e vivo!

E hoje refletem motivos de luz
aos olhos da cruz de um céu domingueiro.
Pergunto ao dinheiro que o campo não vê,
Pergunto ao pastor que o pobre ainda crê,
Terá no amanhã algo mais que colher
aquele que escuta sermões sem saber?

Que o campo é quem reza no olhar da alvorada
que o grito e os ditos que a missa decora
de nada combinam com o homem que chora
e de nada nos servem de alento e escora!

Encilho matreiro - maneador e poncho -
me escolta a esperança de firmar meu canto
e aqui, brilharei... e assim - brilharás!
Os muitos motivos do Cristo pregado?
Então saberei? Então saberás?
Meu canto é um grito e tem missão guerreira...
de sentar basteiras e levantar trincheiras por onde andejar...
meu canto é triste porque é triste o homem
que ainda vai ter fome sem saber rezar...

Aqui estou Sr.Inverno




Autoria: Aureliano de Figueiredo Pinto


Já sei que chegas, Inverno velho!
Já sei que trazes - bárbaro! O frio
e as longas chuvas sobre os beirais.
Começo a olhar-me, como em espelho,
nos meus recuerdos... Olho e sorrio
como sorriram meus ancestrais.

Sei que vens vindo... Não me amedrontas!
Fiz provisões de sábias quietudes
e de silêncios - que prevenido!

Vão-se-me os olhos nas folhas tontas
como simbólicos ataúdes
rolando ao nada do teu olvido.

Aqui me encontras... Nunca deserto
do uivo dos ventos e das matilhas
de angústias vindo sem parcimônias.
Chega ao meu rancho que estou desperto:
- sou veterano de cem vigílias,
sou tapejara de mil insônias.

Aqui estarei... Na erma hora morta,
junto da lâmpada, com que sonho,
não temo estilhas de funda ou arco.
Tuas maretas de porta em porta,
os teus furores de trom medonho
não trazem pânico ao bravo barco.

Na caravela ou sobre a alvadia
terra do pampa - cerros e ondas
meu tino e rumo não mudarão.
No alto da torre que o mar vigia,
ou, sem querência, por longas rondas,
não me estrangulas de solidão.

Tua estratégia de assalto e espera
conheço-a muito, fina e feroz:
de neve matas; matas de mágoa;
derramas nalma um frio de tapera;
nanas ausências a meia voz
e os olhos turvos de rasos d'água.

Comigo, nunca... Se estou blindado!
Resisto assédios, que bem conduzes,
no legendário fortim roqueiro.
Brama as tuas fúrias de alucinado!
- Fico mais calmo que as velhas cruzes
braços abertos para o pampeiro.

Os meus fantasmas bem sei que animas
para, num pranto de vãs memórias,
virem num coro de procissão
trazer-me o embalo de velhas rimas.
- À intimidade dessas histórias
tenho aço e bronze no coração.

Então soluças pelas janelas,
gemes e imprecas pelos oitões,
galopas louco sobre as rajadas,
possesso, ululas entre procelas.
E ébrio, nas noites destes rincões
lampejas brilhos de punhaladas.

Inútil tudo! Vê que estou firme.
Nenhum receio me turba o aspeto,
nenhuma sombra me nubla o olhar.
Contigo sempre conto medir-me
frio, impassível, bravo e correto
como um guerreiro que ia a ultramar.

Reconciliemo-nos, velho Inverno!
Nem és tão rude! Tão frio não sou...
Venha um abraço muito fraterno.
Olha...
Esta lágrima que rolou
não a repares...
É de homenagem
a alguém que aos céus se fez de viagem,
e nunca... nunca! Nunca mais voltou...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Mate A infúsão das três Patrias "Gauchas"


O MATE
Si bien no es una costumbre exclusivamente argentina sino compartida con algunos otros pueblos de América del Sur, ha tenido y aún conserva gran difusión en Argentina.
La zona de cultivo de la yerba mate se halla restringida a Paraguay, sur de Brasil y nordeste de Argentina (donde la provincia de Misiones concentra el 90% del cultivo) , por lo que es considerada planta nacional y regional.
La infusión se prepara en una forma que la distingue del resto de esa clase de bebidas. En un calabacín hueco se pone yerba, a veces un poco de azúcar y con una pava (utensillo de metal con pico vertedor) se vierte agua caliente. Se absorbe con una especie de tubo metálico (bombilla)que en su parte inferior tiene orificios que impiden el paso del polvo de yerba. Es una infusión muy concentrada debido a la escasa cantidad de agua en relación con la de yerba. El agua va reponiéndose, no así la yerba que dura varias infusiones, en especial si es de buena calidad. Cuando el conocedor detecta la necesidad de renovar la yerba, se cambia parcialmente la que venía utilizándose, por yerba fresca.

Trecho do Canto 1-Martin Fierro(obra de José Hernández)


"Aquí me pongo a cantar
al compás de la vigüela,
que el hombre que lo desvela
una pena estraordinaria,
como la ave solitaria
con el cantar se consuela

Pido a los santos del cielo
que ayuden mi pensamiento,
les pido en este momento
que voy a cantar mi historia
me refresquen la memoria
y aclaren mi entendimiento

Vengan santos milagrosos,
vengan todos en mi ayuda,
que la lengua se me añuda
y se me turba la vista;
pido a mi Dios que me asista
en una ocasión tan ruda......."

Os Grandes Mestres


Grandes mestres do passado andam esquecidos!Hoje vemos muitas radios(ou poucas neste seguimento não se ve quase nada)ou programas televisivos que não fazem referencias a nossos grandes mestres do folclore Latino Americano.Foram eles que abriram fronteiras que comessaram a pedir espasso.Mestres como Alfredo Zitarrosa,Don Athaualpa yupanqui grande guitarrero,poeta,compositor assim tambem foi Jorge Cafrune,Noel Guarany,Don Jayme Caetano Braum,Cenair Maica,Aureliano de Figueiredo Pinto,e tantos outros mestres de nosso pago e de alla.Lutadores de uma cultura que se irmâna pelo pampa nossa maior fonte de inspiração e motivo desta cultura ter se espalhado por este mar de campo que parece não ter fim.Os Maestros del folklore no se puedan morir.Temos a obrigação de lembralos.

O Regresso dos Tchês

Surgiram muitas discuções a respeito deste fato por se tratar da volta daqueles que andavam totalmente disvirtuados de nossa cultura.Foram criticados ate mesmo César Oliveira e Rogério melo que apoiaram o regresso destes para a verdadeira cultura terrunha de nosso pago.
Nossa cultura realmente presisa de mais representantes em todas as areas.O caminho de fama,glória e dinheiro não é o objetivo daquele que busca a verdade da essência e quando estes senhores se deram conta que rumavam para o esquecimento dos imediatistas viram em sua frente o sagrado,o verdadeiro algo sem preço,nossa raiz gaucha e folclorica. Nossa cara e nosso jeito.É por isso,que temos que aceitar quem quer um rumo novo e sendo ele a nossa cultura que siguam este caminho pois nele acharam a glória da felicidade.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Tiempo del hombre Atahualpa Yupanqui


La particula cósmica que navega en mi sangre
Es un mundo infinito de fuerzas siderales.
Vino a mí tras un largo camino de milenios
Cuando , tal vez, fui arena para los pies del aire.
Luego fui la madera.Raiz desesperada.
Hundida en el silencio de un desierto sin agua.
Despues fui caracol quien sabe dónde
Y los mares me dieron su primera palabra
Despues la forma humana desplego sobre el mundo
La universal bandera del musculo y la lágrima
Y crecio la blasfemia sobre la vieja tierra
Y el azafran,y el tilo,la copla y la plegaria
Entonces vine a america para nacer en hombre
Y en mi junte la pampa,la selva y la montaña
Si un abuelo llanero galopo hasta mi cuna,
Otro me dijo historias en su flauta de caña.
Yo no estudio las cosas ni pretendo entenderlas
Las reconozco,es cierto ,pues antes vivi en ellas.
Converso con las hojas en medio de los montes
Y me dan sus mensajens las raíces secretas
Y así voy por el mundo,sin edad ni destino
Al amparo de un cosmos que camina conmigo.
Amo la luz,y el rio,y el silencio,y la estrella.
Y florezco en guitarras porque fui la madera.

João Barreiro de Jayme caetano braum


João barreiro...João barreiro...
Velho passaro bizarro
Que dum ranchito de barro,
Amassado com carinho,
Fizeste galpão e ninho
Na maior indiferença
P'ra mim, que sou teu vizinho!

Pois na cabeça de um poste,
Na entrada do parapeito,
Te arranchaste bem a jeito
Erguendo teu rancho forte
Meio de esguelha p'ra o norte
Porque és muito previdente...
Eu até fiquei contente;
Dizem que dás muita sorte
blog destinado a exaltar nosso pago e nossa poesia.Caracterizando a verdadeira cultura de raiz.