quarta-feira, 22 de junho de 2011

sexta-feira, 17 de junho de 2011


“Não Deixe Morrer a Vigília” Amigos: esta é uma luta pela cultura popular, pela identidade cultural gaúcha, pela honra daqueles - artistas ou público - que fazem e são os festivais de música, poesia e canto do Rio Grande do Sul. Pela honra da cultura gaúcha e em apoio aos nossos irmãos e amigos do Núcleo Cachoeirense de Compositores Nativistas e de todo o ambiente festivaleiro gaúcho estamos lançando a Campanha “Não Deixe Morrer a Vigília”.

Embora simbólica, essa manifestação reage ao anúncio, pelo prefeito de Cachoeira do Sul – até o ano que vem -, de que não realizará o evento mais uma vez porque “decidiu priorizar atividades que envolvam competidores só de Cachoeira, o que faz com que o dinheiro das premiações fique na cidade”. O prefeito também afirmou que: “os 'tradicionalistas' não têm do que reclamar, pois está apoiando financeiramente a cavalgada da integração”.

Vale lembrar que JAMAIS os compositores, músicos, intérpretes, letristas, poetas, declamadores de Cachoeira do Sul ou participantes do festival, foram convidados para uma reunião com o prefeito ou seu “participativo” departamento de eventos, para debater o assunto ou tratar de qualquer tema.

Segundo se soube, apenas houve, em 2010, um contato com patrões de CTGs perguntando se os mesmos queriam “assumir a Vigília”. É preciso dizer que na Administração em que o atual prefeito Sérgio Ghignatti, foi vice-prefeito, na década de 90, o Município também cancelou o festival, quase determinando a morte da Vigília do Canto Gaúcho. Será algo pessoal?

Hoje, um dos maiores e mais tradicionais festivais nativistas do Rio Grande do Sul sofreu mais um severo golpe. Mais um festival agoniza no Rio Grande. E não podemos aceitar calados o descomprometimento - com a identidade cultural gaúcha - destes políticos que se elegem “declamando” Jaime Caetano Braun na TV, mas depois viram as costas à produção cultural regional.

A Vigília não morrerá, pois os mandatos eleitorais terminarão e a cultura seguirá!!!

Por isso, pedimos o apoio dos nativistas do Rio Grande e do Brasil no sentido de manifestarem o seu protesto, desacordo ou indignação com a decisão unilateral da Prefeitura (que sequer elaborou um projeto pra LIC ou esboçou qualquer interesse de promover o festival), replicando esta mensagem para seus contatos e pelas redes sociais, ou escrevendo diretamente para o prefeito, os vereadores de Cachoeira do Sul e o Jornal do Povo, principal órgão de imprensa daquela cidade.

Chega de “mercadores” e políticos que não promovem a cultura determinarem a extinção de nossos festivais, de calarem a nossa voz, atentarem contra nossa memória histórica, apagarem os nossos versos, renegarem nossas orígens e negarem nossa identidade cultural!!!

Não deixaremos que morra a Vigília!!!

Chega de atentarem contra os festivais do Rio Grande!!!!

Chega de atentarem contra o nativismo!!!!

Por favor, repasse esta mensagem à sua rede de contatos, poste nas redes sociais, vamos gritar bem alto pelos nossos valores culturais!

Mande teu email de apoio com o título: “Não Deixe Morrer a Vigília” para cpd@cachoeiradosul.rs.gov.br ,smic.cachoeiradosul@gmail.com , acscachoeira@gmail.com,

Para o jornal.

jp@jornaldopovo.com.br

Para os vereadores de Cachoeira do Sul:
clebercardoso@camaracachoeira.rs.gov.br ; vasconcelos@camaracachoeira.rs.gov.br ;julinhodomercado@camaracachoeira.rs.gov.br ; vereadorbala@terra.com.br ;lucianofigueiro@camaracachoeira.rs.gov.br ; marcelodanoemia@camaracachoeira.rs.gov.br,mariana@camaracachoeira.rs.gov.br ; oscarsartorio@camaracachoeira.rs.gov.br ;jarrao@camaracachoeira.rs.gov.br; valdocir@camaracachoeira.rs.gov.br .

e também deixe post no facebook e twitter do Jornal do Povo e na comunidade do Orkut do JP.

“Não Deixe Morrer a Vigília” é uma iniciativa do cachoeirenses comprometidos com a cultura gaúcha e tem o apoio da:
www.radioterragaucha.com.br .

É autorizada a inserção dos endereços de blogs, microblogs, sites e similares que apoiam esta iniciativa.

Mil gracias!......Por Matias Moura

Capão


Capão



Beirada,capão de mato,

Onde os campeiros se resguardam

Dos mormaços de janeiro.

Beirada,capão de mato

Onde deixei meus silêncios

Ouvirem o cantar do barreiro.



Beirada,capão de mato,

Onde o ar é fresco

E o cheiro é extrato

Beirada,alma e recanto

Onde deixei meus relatos

Em calmos acordes de campo



Beirada,capão e mato

Que se fazem parador

Pro andante do tempo

Beirada,capão de mato

Que miro cismado

Querendo copiar-te o jeito...



Beirada,capão de tempo

Cavalo e campeiro

Sombreando o passado.

Capão de tempo a lo largo

Ramada dos ventos

Apeiando um canto raro...



Mato,beirada e capão

Começo e fim

-beira da vida a cavalo...

Capão de mato é o que restou pra mim ...



Pedro Almeida outono de 2009

quinta-feira, 9 de junho de 2011


Na irmandade das sombras...



Irmão esta solito agora...
De vagarzito chega tua hora
Para plantar-te em campo santo...
Que florido se molda em espera e pranto..
Seguindo a sina de morada eterna
Te devolvendo pra terra,
pela comunhão dos planos...


Há!-pingo- tu que em meus dias respingo
No rasto de um toro osco...
Sabes das sangas o gosto,
E de meus “secretos” domingos...


De meus incertos caminhos que por vezes
Deixei ao teu destino pela rédea da confiança
certa de teu faro de Bueno amigo....

... Quem mais poderia me legar
A hombridade de irmão quando prossigo
No dialeto de então,certo do nada ,
tendo por compreensiva a tua mirada
com olhos de compaixão...

Alma pampera com rincões de adentro
Que compila a serenata dos tempos
e a soberania dos sangues ancestrais.
Perduras gerações glorificadas na memória
Que assinala com claves de aurora
o renascimento dos imortais....


O campo tua semente de vida...
O vento tua alma santa.
Meu complemento de existência,
Junto de ti meu inteiro.
Bronzeamos no mesmo janeiro,
Invernamos no mesmo fogão...
E o que há de ficar meu irmão,
Pra quem renasceu pelo meio?

Verei o meu pingo num altar de morte?...
Serei mais forte que o caminho vil?
Changueio o resto que o nada oferece
E faço a prece pelo rogar pagão...

Quem sabe nas santas paragens,
enxergue a imagem ,
De meu pingo me olhando...
Plantado em forma, tronqueira,enraizada na morte,
largo do tempo cruzando.
Quem sabe seja meu pingo,face de umbu florescente...
-que ficou pra parador,face raiz eminente,
sombreando a saudade jazida donde repouso silente....

Pedro Almeida
Outono de 2011

quarta-feira, 8 de junho de 2011