terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A história de um dos grandes mestres do folklore latinoamericano Jorge Cafrune


Ele nasceu na fazenda "La Matilde", em A Sunchal, Perico del Carmen, Jujuy. Foi educado em San Salvador de Jujuy, tendo aulas de guitarra com Nicolas Lamadrid. Se mudou com sua família para Salta, onde conoceu a Luis Alberto Valdez, Tomas Alberto Campos e Gilberto Vaca, com quem formou o seu primeiro grupo "Las Voces de Huayra". Com esta formação gravou em 1957 o seu primeiro disco de acetato, com na gavadora de Salta "H. y R.". Naquela época foram "descobertos" por Ariel Ramirez, que os convocou para acompanhá-lo em um tour de Mar del Plata e várias províncias. Então Cafrune e Valdez foram chamados para o serviço militar e o grupo alterno sua formação original do grupo com substitutos de José Eduardo Sauad e Adolfo Luis Rodriguez. Estes novos integrantes formam parte da formação que esse mesmo ano gravou um disco de 12 faixas para o gravadora Columbia. Mais tarde seram comvocados para gravar um segundo álbum para a mesma empresa, mas desentendimentos entre os membros acabaram por levar à dissolução do grupo.

Ante uma nova comvocatória de Ramirez, Cafrune forma um novo grupo, "Los cantores de la alborada" ("Os Cantores da Alvorada"), acompanhado por Tomas Campos, Vaca Gilberto y Javier Pantaleon, todos da província de Jujuy. Após a apresentação de novo com Ramirez, Cafrune decide continuar a viagem sozinho e deixar o novo grupo. Nesta nova etapa de estréia em 1960 no Centro da cidade argentina de Salta a tomar imediatamente depois de uma longa turnê que iria levá-lo através das províncias de Chaco, Corrientes, Entre Ríos e Buenos Aires. Confrontados com uma recepção morna na capital, onde ele não tuvo lugar no rádio ou na televisão, decidiu continuar a turnê do Uruguai e do Brasil. No primeiro realizado a sua estreia televisiva no canal 4 do país oriental.

Em 1962 ele retornou para a Capital e entra em contato com Jaime Dávalos, que tinha um programa de televisão. Este lhe diz que devería tentar a sua sorte no Festival de Folklore do Cosquín. Cafrune viaja para a cidade de Córdoba e conseguir uma vaga para atuar fora da programação, dedicando-se eleita a primeira revelação pública. Então veio o primeiro solo ea consagração final com novas apresentações em rádio, televisão e teatro, bem como passeios longos em que ele sempre preferiu cidades pequenas para as grandes cidades. Foi em uma dessas aldeias, Huanguelén, na província de Buenos Aires, onde conheceu e promoveu um jovem cantor chamado José Larralde. Neste período também continuou apresentándose cada ano em Cosquín e ali, em 1965, sem o conhecimento da organização apresentou a uma cantora tucumana chamada Mercedes Sosa.

Em 1967 apresenta a turnê "De a caballo por mi Patria", ("De a cavalo por o meu país"), em homenagem à Chacho Peñaloza. Nese passeio Cafrune percorreu o país ao estilo dos velhos gaúchos, levando sua arte e sua mensagem a todos os cantos. Seus objetivos também incluiron captar as paisagens através da fotografia e a filmação de curtas-metragens televisivas, além de coletar dados sobre estilos de vida, costumes, cultura e tradições das diversas regiões. A turnê foi desastrosa para a economia, mas foi um grande sucesso quando, tendo em conta os reais objectivos que tinham sido propostos.

No final desta turnê, foi convocado para integrar umas comitivas artísticas argentinas que visitarom os Estados Unidos e Espanha. O evento na Península Ibérica era fabulosa, e Cafrune llegou a morar ali por vários anos, formando família com Lourdes López Garzón. Seu retorno ao país foi em 1977 quando seu pai morreu. Aqueles eram tempos difíceis para a Argentina, porque o governo estava nas mãos da ditadura militar liderada por Jorge Rafael Videla. Ao contrário de outros artistas envolvidos, que foram exilados quando começaram as ameaças e proibições, Cafrune decidiu ficar e continuar fazendo o que ele fez de melhor: cantar e opinar cantando e fazendo. Assim, no Festival de Cosquín de janeiro de 1978, quando ele pediu ao público uma canção que foi proibido, Zamba de mi esperanza, Cafrune concordou, argumentando que "embora não seja permitida na carteira, se meu povo me perguntar, eu vou a cantar." Segundo o testemunho de inscritos no relatório Nunca Mas, isso (além de música, a partir da Orejano, uma canção rebelde libertário) foi demais para os militares, e em um campo de concentração em Córdoba, o tenente-coronel Carlos Enrique Villanueva disse que "tinha de ser morto para avisar a os outros."

Em 31 de janeiro de 1978 como uma homenagem a José de San Martín, Cafrune empreendeu uma viagem a cavalo que lo levaria a Yapeyú, berço do Libertador, para colocar a terra de lugar de sua morte, Boulogne-sur-Mer. Naquela noite, pouco depois de sair, foi atingido na altura do Benavídez por um caminhão dirigido por um 19-year-old Hector Emilio Diaz. Cafrune morreu no mesmo dia à meia-noite, mas o fato nunca foi estabelecido e para a justiça foi apenas um acidente.
O fato que ele suspeita que sua morte foi causada pela ditadura fizo que corria o boato que Cafrune era comunista. Mas ele estava em contra do comunismo eo capitalismo: era um nacionalista convicto com grande respeito às suas terras e tradições.

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