Cada espanto alardiado pelos quero-queros,
Cada aroma primaveral que invade o olfato
E nos conta da jornada percorrida nos ares....
O penetrar de um canto meio a tantos
É indiscutivelmente uma manifestação única
Do renascimento...
Coxilhas que banhadas de vida
Acumulam crescentes de berros
Que ressoam longe nas planuras...
O atestado escrito pelo tempo e assinado,
Pelo sol com o permiso da lua....
Gestando a sombra,
Que os umbus já pariram
Tantos motivos...tantos olhares
Partejando, igual se encontra
A minha voz – potro novo-
Por ser de mesma linhagem...
A tuna criada meio as pedras,
Ao campo sujo das chircas,
Das macegas em flor...
Ao sangue de boi que ronda
Como pedindo atenção
E cruza mais longe do chão
Um tajã monge cantor...
Onde meus olhos sangram.
Onde as sangas choram,
A existência das magoas,
E das partidas...
Encontro o meu eu,
Em tantas vidas
Que já não sei quem eu sou
Nos corredores,
Nas horas,nas nuvens...
- lá fora-
No escuro,no rio,na potrada,
Nos sois...
- mas não sorriu-
Nas luas,nas mortes,
Quem nunca se viu no seu ontem,
Na primavera das flores?...
E se os sois e luas
Teimam em me iluminar
Me encontro nas sombras do ontem
Olhando pra traz -eu venho-....
Pedro Almeida setembro de 2011
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